Maria da Penha Maia Fernandes, natural do Ceará, farmacêutica e bioquímica.

Durante 19 anos e seis meses, Maria fez da sua própria vida um símbolo de luta por uma vida livre da violência contra as mulheres.

Maria conheceu seu então marido e agressor no período da faculdade. Após alguns anos de normalidade, o ciclo de agressões começou: proibições, tapas, xingamentos, gritos…Um dos episódios mais graves foi em 1983, quando o então marido deu um tiro na esposa enquanto ela dormia. Esse tiro a deixou paraplégica.

Para a polícia, o agressor alegou um assalto em casa.

Ao retornar do hospital, Penha foi presa em cárcere privado. Sofreu diversas outras agressões físicas, verbais e psicológicas e uma nova tentativa de assassinato na sua casa.

Penha teve o apoio de amigos e o suporte jurídico dos mesmos, para tirar ela e suas filhas de casa, sem isso configurar abandono de lar. Após oito (!) anos do crime ocorrido, o caso foi julgado: O agressor foi sentenciado, mas livre devido a recursos apresentados pela defesa.

Maria da Penha continuou sua luta por justiça, percorrendo todas as esferas nacionais e internacionais. Era por ela, era por nós.

Após muitos debates com todos os poderes (legislativo, executivo, judiciário e a própria sociedade), foi sancionada a lei 11.340, no ano de 2006, considerando crime atos de violência contra a mulher, incluindo os feminicídios. O governo federal batizou a lei com seu nome, um reconhecimento de sua luta contra as violações dos direitos das mulheres.

Nós também não poderíamos deixar de homenagear essa grande mulher.

Em país tão violento como o nosso, não se cale!

Em briga de marido e mulher, mete-se, sim a colher. Denuncie: 180 – violência contra a mulher